sábado, 8 de junho de 2013

TOGETHER ~~~

Dia 17 de Junho, crepúsculo.


Calçou o outro pé das botas de salto fino preta que cobria suas pernas pálidas, a loira se olhou no espelho séria, sua aparência fantasmagórica só parecia ter piorado com a preocupação, uma noite mal dormida, informações demais para uma noite dia. Passou um batom levemente vermelho em seus lábios os deixando apenas mais grossos e carnudos que já são naturalmente, sua maquiagem já estava posta e valorizando seus olhos, os cabelos amarrados de modo a ficarem sem a causar problemas, ela não poderia falhar, tinha de ser uma noite perfeita.


Passou o dedo sobre a estante e se olhando e deixou os dentes a amostra, sorrio para se mesma admirando a cena, ela estava linda, ela sempre estava linda. Passou a língua sobre os lábios vermelhos e tomou mais um bole de sua taça com sangue, não era fresco mas não tinha tempo para isso agora, quem sabe ela ainda conseguiria fazer um lanchinho enquanto fazia o que tina que fazer. 


Colocou a taça no lugar ao mesmo tempo que viu as luzes piscarem por um instante e apagarem de vez. – Perfeito. – Sorriu para si mesma não vendo mais o reflexo no espelho, andou ate o cabide e pegando um casaco marrom escuro saiu enquanto vestia.





Dia 17 de Junho, noite.


Seus saltos faziam barulho contra o cascalho do teto, os grandes banners da exposição Egípcia fazia barulho enquanto batiam-se contra a parede, seu semblante sizuso logo normalizou-se quando inspirou longamente aquele ar. Não tinha lobos próximos,s e não estivesse chuviscando ela estaria complemente feliz. A francesa odiava molhar seu cabelo e roupas, odiava o úmido, parecia quase obsceno, não que ela não gostasse de obscenidades, afinal de contas qual cafetina não gosta de obscenidades? Ah, tinha esquecido, isso fora há três séculos!


Foi ate o gerador, olhou ao redor e rasgou um dos fios, eles estavam apenas com cinqüenta por cento da força agora e ela tinha cinqüenta por chance de ter desligado todos os alarmes, inclusive aqueles mais chatos! 


Abriu a porta que dava para as escadas com uma batida apenas, e deixou o casaco no chão enquanto descia as escadas rapidamente. Ela tinha que ser rápida, melhor que isso, pratica. Ela sabia o que estava procurando. 


Azazel


Abriu a porta do segundo andar do museu, olhou ao redor e inspirou. Sentiu o cheiro de muitas coisas, a começar pelas estátuas dos guerreiros de terracota de Xi’na, logo sentiu o cheiro fino de uma peça francesa e logo após o cheiro do mar veneziano. Um sorriso lhe veio aos lábios quando sentiu o gosto o humano. 


- Ótimo... – Falou ela em um tom quase inaudível. 


O salto de suas botas ecoavam em todo o lugar, ela já não se preocupava com um misero guarda sem falar que as únicas luzes acesas eram alguma s que guardavam as peças mais importantes, ela tinha dado sorte?


Azazel


Ela continuou andando, mais dois corredores.. Inspirou. Porque diabos ela não tinha vindo a uma exposição mais cedo? Ela sabia que aquele nome não lhe era estranho, ela sabia que, aquelas linha, aquilo era egípcio, ela sabia que... Tinha algo a ver com a maldita exposição, e se não tivesse, bem , paciência, ela teria mais uma peça para sua coleção de antiguidades. 






Seus salto finos tocavam quase silenciosamente pelo piso de pedra bem encerado, seus cabelos loiros e agora lisos estavam em sua melhor forma, não do jeito mais desejado, mais ainda assim lindos e reluzentes. Ela estava séria, conservava o olhar sisudo no rosto, sua expressão era inconfundível, ela estava concentrada e quando barulho a poderia alertar, aquilo era serio, inspirou mais uma vez longamente agora de olhos fechados. 

Nenhum sinal de ninguém.


Seus pés continuaram, o barulho do salto era quase inaudível, agora se podia ver destacado os olhos avermelhados que ela conservava no lugar dos sempre tão frios e calmos verde oliva característico. Dobrou o corredor e avistou o brilho saindo de uma sala assim como luzes debaixo de alguns papiros presos as paredes e um sarcófago ao fundo. Inspirou mais uma vez e com um sorriso, chegou a porta em uma velocidade e sutileza de um felino. 


Seus olhos encaram os olhos tão conhecidos e a muito não vistos, devia fazer mais de um ano da ultima vez, elas não andava contando os dias que não via o vampiro, muito pelo contrario, muitas vezes aquilo era um alivio, no entanto, agora, aquilo era preocupante. Apurou novamente as narinas e ao franzir o cenho notou o sorriso desdenhoso no rosto do se filho, o mais antigo e o mais amado, no entanto, não o mais querido. 


Nenhum cheiro. 


- Como? 



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THE BIRD AND THE WORM 
PARTE I
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Seu sorriso se alargou, ele sorrio deixando os olhos verdes novamente, verdes como um humanos, totalmente humanos. Aspirou o cheiro e sentiu apenas o cheiro de morte,não forte como o de costume, mas fraco e doce, o misto do cheiro da vampiro com a morte sempre fora algo que o fascinara, sem duvida alguma, aquilo era uma coisa nela que ele mais apreciava.


- A morte sempre lhe caiu bem... – Começou ele descontraído. Quase sorria, se seu ódio não fosse tão grande, talvez Le nem mesmo tocasse em um fio de cabelo dela, mas.. Onde estaria a diversão disso? Convenhamos, ele não era o mesmo Markus que ela havia transformado, longe disso, ele era um novo Markus, tantos séculos haviam feito aquilo com ele, o tinham transformado naquilo e, sem sombra de duvida ela era a principal responsável por aquilo.


“humano.. Como pode ser? Ele não... “


- Você sempre me pareceu mais esperta do que realmente era... – Falou ele a olhando. – Qual você prefere? Humanos? – piscou com os olhos verdes,. – Vampiro ? – Seus olhos eram vermelho vivos, como um rubi envelhecido, no entanto, não menos brilhantes. – Talvez um vira-lata que tanto odeia! – Falou ele a olhando com os olhos amarelos e a boca entreaberta.


- Voce não é... – Falou ela dando um passo para trás. Ele não deixou ela completar. 


- Sua cria? – Falou ele gargalhando logo em seguida. – Não mesmo.. Eu sou melhor.. Eu sou... especial. – Falou ele num tom se aproximando. – Como você sempre disse.


Ela tentou dar dois passos para trás mas tinha encostado em algo. O corpo da mulher estava junto ao que parecia ser um vidro, no entanto, não existia nada ali, segundos antes ela tinha passado ali,segundos antes ela tinha atravessado aquela porta. A mulher o olhou já bufando de raiva. Ele apenas sorriu. 


- Deixemos de brincadeiras... – Ele Respirou e fechando os olhos inspirou, não demorou muito ate cada parte de sombra da sala vir para junto dele, não se fundindo a ele e sim deixando a sala completamente clara, as sombras tinham desaparecidos dentro do corpo do antes lobisomen. – Você estava aqui por algo... – Ele abriu s olhos a olhando, seus olhos estavam completamente grafitti, era um misto de preto e prata. – Não vai tentar pelo menos pegar? – Falou ele erguendo a mão e nela estava pedaço de pedra amarelado. 


- Você não é ele... –Ela quase cuspiu as palavra entre os caninos já expostos.


Ele sorriu mais uma vez na sala iluminada. 


- Com medo? – Desdenhou. 


- Não de você... – Falou ela amistosamente, ela não conseguiria fugir, a única 

coisa que poderia fazer era lutar. 




THE BIRD AND THE WORM 
PARTE II
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As próximas cenas foram tão rápidas que em um piscar eles já estavam juntos, ela o tentara acertar com um soco ele apenas desviou pegando a mulher pelo punho e a jogando contra a parede sem muito esforço. Ele sorriu vendo a mulher cuspir um pouco de sangue ao olhar. Um guincho agudo, seus olhos pareciam queimar. 


- Eu adoro isso! 


Falou ele algo enquanto ela já estava um pouco agachada preparando um novo ataque, tentou novamente com as garras agora, conseguiu ferir um pouco o rosto do homem que a olhou desgostoso, ela sorriu passando a língua na ponta dos dedos, sentindo o gosto de sangue na boca. 


O homem sorriu na mesma rapidez que ela cuspiu. 


“ Sangue de..”


- Nephelim... – Falou ele completando o pensamento da mulher. – Um pequeno presentinho. 


Ela o olhou assustada. 


- Onde tínhamos parado? – Falou ele a olhando. – Ah, agora é minha vez... 


Ela nem vira quando ele aparecera na sua frente ou quando um soco a atingira na boca do estomago fazendo soltando um grito abafado e oco, totalmente sem vida. E logo uma cotovelada nas costas a fez sentir na boca o gosto de sangue misturado com areia, ela não parecia mais estar na sala, sentia as costas doer, assim como o estomago, não conseguia entender, como ela tinha sentido tanta dor no estomago? E aquele sangue? Ela sentia sua garganta queimar assim como suas gostas, o gosto de ferrugem e sal era algo permanente em sua boca. 


Sentiu o solado largo em seu rosto. O comprimindo contra o chão arenoso incomum, ela não via mais a parede, via o que mais parecia o deserto a sua frente. – Você foi mais fácil que eu imaginei. – Falou ele apertando cada vez mais. Ela já esperava a morte. – Aproveite sua vida como humana.

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