segunda-feira, 10 de março de 2014

Ultimos dias

Bom dia,

Bem vindos ao último dia do planeta Terra, ou o começo do fim. Aqui é Steve John, seu comentarista e apresentador matinal e esse é o primeiro – e espero que não o último – Jornal Transicional do Apocalipse. Desculpem a má transmissão mas estamos enfrentando problemas grandes o bastante para isso, então para ficar nos registros, um breve relato dos fatos para quem sabe a posterioridade – ou para ninguém.

Tudo começou dia 01 de Janeiro de 2015, dia internacional da ressaca do ano novo, parece que nosso visitantes tiveram bastante tempo que para estudar nossos hábitos. Enfim, chegaram destruindo todas nossas redes de transmissão, assim como atirando raios de Deus – por mais que saibamos hoje que não existe Deus algum, bastardo! -  sabe o que o que era. Uns morreram, outros viraram pó e graças a Darwin outros evoluíram. Sim, no fim de tudo, a Marvel acertou e temos mais exemplares mutantes que muita gente poderia prever. Okay, não somos tantos assim. Ou somos já que nossos inimigos podem conseguir criptografar essa mensagem, somos milhões, trilhões!

Enfim, a situação é essa, a guerra está armada e nada parece ser seguro, ainda não sabemos ao certo como o inimigo usa táticas de domínio nem o armamento, mas estamos muito perto de descobrir seus bastardos desgraçados, esse é nosso planeta, nossa terra, nossas raízes e não vamos desistir tão facilmente. Fiquem avisados.

Ao aliados, fiquem fortes, vamos vencer essa, ou vamos morrer tentando e levando o máximo deles possíveis. Esse foi Steve, o único que se importa em fazer isso. Fiquem firmes. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014



O jeito como Scott olhava para mim denunciava mais que qualquer outra coisa, talvez se não tivéssemos os três vendo as mesmas coisas, os três perdendo nossa sanidade ele teria disso que a culpa daquilo tudo tinha sido meu termino com Derek. A única coisa que ele não entendia era que o meu namoro com Derek por mais que não fosse exatamente um namoro era a única coisa que me mantinha ligado a algo mais normal, mesmo ele sendo um lobo a maior parte do tempo. Minha relação com meu pai não era nada boa, Lidia não queria e não iria querer nada comigo, por mais que tivéssemos nos beijado eu sabia que aquilo tinha sido apenas a medida emergencial, não que tivesse algum significado. O que Scott não entendia era que por mais que eu quisesse aquilo como ninguém a única coisa que eu não queria falar daqueles últimos dois meses era falar sobre aquilo, principalmente depois dele ter quase namorado aquela.. aquilo, não sei bem como defini-la. Tudo que eu mais queria no momento era simplesmente passar aquilo, sobreviver aquilo tudo, eu tinha prioridades maiores na minha vida no momento do que chorar por um relacionamento unilateral.

- Scott, não. – Falei antes que ele pudesse falar mais uma vez dele. – Eu não quero falar sobre ele, eu não quero sentir falta dele nem do maldito cheiro. Eu apenas quero não tocar nesse assunto, ok?

Ele apenas levantou as sobrancelhas e aquiesceu concordando.


- Temos que procurar esse carro, meu pai disse que foi removido, mão a obra. 

De todas as palavras que eu poderia escrever, nenhuma pode simplificar, o difícil não é o termino, é se perdoar para as coisas que você poderia ter feito, ter tentado, ter feito diferente, falar isso ou aquilo. A vida não é bem feita de escolhas é feita de atos e de palavras e normalmente de erros, e esses erros vão desemborcar na vida que você vai acabar levando pro resto da seus dias, não em uma visão apocalíptica, mas numa visão realista.

Respire.
Expire.

Você não vai amar uma só pessoa na sua vida. Você vai passar isso por milhões de vezes se tiver sorte e vai sofrer um milhão de vezes menos um – caso seja bem sortudo mesmo. Ou seja, eu vou sobreviver, questão de tempo, juntar todos os pedaços, voltar a levantar e continuar, entretanto, isso não quer dizer que eu não precise de um tempo, isso não quer dizer que não vai doer, isso não quer dizer que eu não vai sangrar a cada vez que eu veja algo ou qualquer coisa nesse sentido.

Lagrimas.


Nenhuma lagrima caiu por conta disso, nenhuma lagrima sequer conseguiu sair e mostrar o quão ruim é essa situação, dor física acaba sendo pior que qualquer rio de lagrimas que possam surgir, você não tem absolutamente nada além daquela angustia, daquele sentimento de perca e arrependimento, aquele vazio, o oco. E é esse oco que causa o desespero, o desespero de não se sentir bem de novo, de não se sentir completo novamente, de não ter mais aquela parte para você, entretanto, aquela parte é você, ninguém vai te completar mais que você mesmo. 

sábado, 8 de junho de 2013

TOGETHER ~~~

Dia 17 de Junho, crepúsculo.


Calçou o outro pé das botas de salto fino preta que cobria suas pernas pálidas, a loira se olhou no espelho séria, sua aparência fantasmagórica só parecia ter piorado com a preocupação, uma noite mal dormida, informações demais para uma noite dia. Passou um batom levemente vermelho em seus lábios os deixando apenas mais grossos e carnudos que já são naturalmente, sua maquiagem já estava posta e valorizando seus olhos, os cabelos amarrados de modo a ficarem sem a causar problemas, ela não poderia falhar, tinha de ser uma noite perfeita.


Passou o dedo sobre a estante e se olhando e deixou os dentes a amostra, sorrio para se mesma admirando a cena, ela estava linda, ela sempre estava linda. Passou a língua sobre os lábios vermelhos e tomou mais um bole de sua taça com sangue, não era fresco mas não tinha tempo para isso agora, quem sabe ela ainda conseguiria fazer um lanchinho enquanto fazia o que tina que fazer. 


Colocou a taça no lugar ao mesmo tempo que viu as luzes piscarem por um instante e apagarem de vez. – Perfeito. – Sorriu para si mesma não vendo mais o reflexo no espelho, andou ate o cabide e pegando um casaco marrom escuro saiu enquanto vestia.





Dia 17 de Junho, noite.


Seus saltos faziam barulho contra o cascalho do teto, os grandes banners da exposição Egípcia fazia barulho enquanto batiam-se contra a parede, seu semblante sizuso logo normalizou-se quando inspirou longamente aquele ar. Não tinha lobos próximos,s e não estivesse chuviscando ela estaria complemente feliz. A francesa odiava molhar seu cabelo e roupas, odiava o úmido, parecia quase obsceno, não que ela não gostasse de obscenidades, afinal de contas qual cafetina não gosta de obscenidades? Ah, tinha esquecido, isso fora há três séculos!


Foi ate o gerador, olhou ao redor e rasgou um dos fios, eles estavam apenas com cinqüenta por cento da força agora e ela tinha cinqüenta por chance de ter desligado todos os alarmes, inclusive aqueles mais chatos! 


Abriu a porta que dava para as escadas com uma batida apenas, e deixou o casaco no chão enquanto descia as escadas rapidamente. Ela tinha que ser rápida, melhor que isso, pratica. Ela sabia o que estava procurando. 


Azazel


Abriu a porta do segundo andar do museu, olhou ao redor e inspirou. Sentiu o cheiro de muitas coisas, a começar pelas estátuas dos guerreiros de terracota de Xi’na, logo sentiu o cheiro fino de uma peça francesa e logo após o cheiro do mar veneziano. Um sorriso lhe veio aos lábios quando sentiu o gosto o humano. 


- Ótimo... – Falou ela em um tom quase inaudível. 


O salto de suas botas ecoavam em todo o lugar, ela já não se preocupava com um misero guarda sem falar que as únicas luzes acesas eram alguma s que guardavam as peças mais importantes, ela tinha dado sorte?


Azazel


Ela continuou andando, mais dois corredores.. Inspirou. Porque diabos ela não tinha vindo a uma exposição mais cedo? Ela sabia que aquele nome não lhe era estranho, ela sabia que, aquelas linha, aquilo era egípcio, ela sabia que... Tinha algo a ver com a maldita exposição, e se não tivesse, bem , paciência, ela teria mais uma peça para sua coleção de antiguidades. 






Seus salto finos tocavam quase silenciosamente pelo piso de pedra bem encerado, seus cabelos loiros e agora lisos estavam em sua melhor forma, não do jeito mais desejado, mais ainda assim lindos e reluzentes. Ela estava séria, conservava o olhar sisudo no rosto, sua expressão era inconfundível, ela estava concentrada e quando barulho a poderia alertar, aquilo era serio, inspirou mais uma vez longamente agora de olhos fechados. 

Nenhum sinal de ninguém.


Seus pés continuaram, o barulho do salto era quase inaudível, agora se podia ver destacado os olhos avermelhados que ela conservava no lugar dos sempre tão frios e calmos verde oliva característico. Dobrou o corredor e avistou o brilho saindo de uma sala assim como luzes debaixo de alguns papiros presos as paredes e um sarcófago ao fundo. Inspirou mais uma vez e com um sorriso, chegou a porta em uma velocidade e sutileza de um felino. 


Seus olhos encaram os olhos tão conhecidos e a muito não vistos, devia fazer mais de um ano da ultima vez, elas não andava contando os dias que não via o vampiro, muito pelo contrario, muitas vezes aquilo era um alivio, no entanto, agora, aquilo era preocupante. Apurou novamente as narinas e ao franzir o cenho notou o sorriso desdenhoso no rosto do se filho, o mais antigo e o mais amado, no entanto, não o mais querido. 


Nenhum cheiro. 


- Como? 



..................................................



THE BIRD AND THE WORM 
PARTE I
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -




Seu sorriso se alargou, ele sorrio deixando os olhos verdes novamente, verdes como um humanos, totalmente humanos. Aspirou o cheiro e sentiu apenas o cheiro de morte,não forte como o de costume, mas fraco e doce, o misto do cheiro da vampiro com a morte sempre fora algo que o fascinara, sem duvida alguma, aquilo era uma coisa nela que ele mais apreciava.


- A morte sempre lhe caiu bem... – Começou ele descontraído. Quase sorria, se seu ódio não fosse tão grande, talvez Le nem mesmo tocasse em um fio de cabelo dela, mas.. Onde estaria a diversão disso? Convenhamos, ele não era o mesmo Markus que ela havia transformado, longe disso, ele era um novo Markus, tantos séculos haviam feito aquilo com ele, o tinham transformado naquilo e, sem sombra de duvida ela era a principal responsável por aquilo.


“humano.. Como pode ser? Ele não... “


- Você sempre me pareceu mais esperta do que realmente era... – Falou ele a olhando. – Qual você prefere? Humanos? – piscou com os olhos verdes,. – Vampiro ? – Seus olhos eram vermelho vivos, como um rubi envelhecido, no entanto, não menos brilhantes. – Talvez um vira-lata que tanto odeia! – Falou ele a olhando com os olhos amarelos e a boca entreaberta.


- Voce não é... – Falou ela dando um passo para trás. Ele não deixou ela completar. 


- Sua cria? – Falou ele gargalhando logo em seguida. – Não mesmo.. Eu sou melhor.. Eu sou... especial. – Falou ele num tom se aproximando. – Como você sempre disse.


Ela tentou dar dois passos para trás mas tinha encostado em algo. O corpo da mulher estava junto ao que parecia ser um vidro, no entanto, não existia nada ali, segundos antes ela tinha passado ali,segundos antes ela tinha atravessado aquela porta. A mulher o olhou já bufando de raiva. Ele apenas sorriu. 


- Deixemos de brincadeiras... – Ele Respirou e fechando os olhos inspirou, não demorou muito ate cada parte de sombra da sala vir para junto dele, não se fundindo a ele e sim deixando a sala completamente clara, as sombras tinham desaparecidos dentro do corpo do antes lobisomen. – Você estava aqui por algo... – Ele abriu s olhos a olhando, seus olhos estavam completamente grafitti, era um misto de preto e prata. – Não vai tentar pelo menos pegar? – Falou ele erguendo a mão e nela estava pedaço de pedra amarelado. 


- Você não é ele... –Ela quase cuspiu as palavra entre os caninos já expostos.


Ele sorriu mais uma vez na sala iluminada. 


- Com medo? – Desdenhou. 


- Não de você... – Falou ela amistosamente, ela não conseguiria fugir, a única 

coisa que poderia fazer era lutar. 




THE BIRD AND THE WORM 
PARTE II
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -




As próximas cenas foram tão rápidas que em um piscar eles já estavam juntos, ela o tentara acertar com um soco ele apenas desviou pegando a mulher pelo punho e a jogando contra a parede sem muito esforço. Ele sorriu vendo a mulher cuspir um pouco de sangue ao olhar. Um guincho agudo, seus olhos pareciam queimar. 


- Eu adoro isso! 


Falou ele algo enquanto ela já estava um pouco agachada preparando um novo ataque, tentou novamente com as garras agora, conseguiu ferir um pouco o rosto do homem que a olhou desgostoso, ela sorriu passando a língua na ponta dos dedos, sentindo o gosto de sangue na boca. 


O homem sorriu na mesma rapidez que ela cuspiu. 


“ Sangue de..”


- Nephelim... – Falou ele completando o pensamento da mulher. – Um pequeno presentinho. 


Ela o olhou assustada. 


- Onde tínhamos parado? – Falou ele a olhando. – Ah, agora é minha vez... 


Ela nem vira quando ele aparecera na sua frente ou quando um soco a atingira na boca do estomago fazendo soltando um grito abafado e oco, totalmente sem vida. E logo uma cotovelada nas costas a fez sentir na boca o gosto de sangue misturado com areia, ela não parecia mais estar na sala, sentia as costas doer, assim como o estomago, não conseguia entender, como ela tinha sentido tanta dor no estomago? E aquele sangue? Ela sentia sua garganta queimar assim como suas gostas, o gosto de ferrugem e sal era algo permanente em sua boca. 


Sentiu o solado largo em seu rosto. O comprimindo contra o chão arenoso incomum, ela não via mais a parede, via o que mais parecia o deserto a sua frente. – Você foi mais fácil que eu imaginei. – Falou ele apertando cada vez mais. Ela já esperava a morte. – Aproveite sua vida como humana.

sábado, 8 de dezembro de 2012

a very sterek thanksgiving




- Já vou descer! - Falei pulando colocando a outra perna da calça enquanto tentava entrar no meu quarto. Odiava não ter um banheiro no meu quarto, odiava quando esquecia a calça lá e odiava mais ainda estar atrasado, não que fosse algo importante, mas normalmente era Scott o atrasado da história, não eu. Corri para o computador e quase cai para trás quando vi a sombra na tela. Eu já veria saber. – Oh my...- Quase gritei, coloquei a mão na boa. Ele levantou a sobrancelha quando o olhei furioso.

Fui até a porta para encostá-la, não queríamos explicar porque o suspeito por boa parte dos assassinados da cidade estava no meu quarto, principalmente não para o xerife que no caso era meu pai e possível sogro dele, mas isso não vem o caso.

- Eu acho essa coisa toda de ação de graças com a mãe do Scott não é tão importante, certo? – Senti suas mãos passando por minha cintura e seu halito quente próximo a meu pescoço. Engoli em seco. - Derek, espaço pessoal. – Falei me desvencilhando dele, tentando me manter são e, principalmente, tentando evitar contato visual e corporal. Porque diabos ele tinha que passar aquele perfume estúpido? –  E eu já disse que é importante para todos.

- Não para mim. – Ele falou enquanto se soltava na minha cama.

Virei para dar uma broca e o vi tirando a maldita jaqueta. Virei. Eu não precisava naquilo. eu não precisava daquilo. Eu não quero isso. Eu quero. NÃO! Definitivamente eu não preciso disso, não hoje, não agora. Eu não ia ceder, eu não podia ceder.

- Lógico que não é importante para você! – comecei, tentando parece o mais centrado possível, por mais que aquilo fosse tão patético quanto não conseguir olhar para ele enquanto falava. Mas é que vocês não iriam entender. Eu e Derek vínhamos discutindo sobre isso há quase quinze dias, começou quando eu disse que ia passar o dia de ação de graças com o Scott, aparentemente ele não gosta de ter mais nenhum pulguento (foi mal Scott) próximo de mim, só ele. Ele fica repetindo aquela historia de Alpha como se aquilo tivesse alguma importância. Blablabla, eu sou o alpha.

Get over it!

Eu não sou o pet dele ou parte da matilha defasada dele, sou namorado dele, que por sinal talvez nem isso fosse, já que ninguém sabe que estamos saindo alem do Scott e do Issac que nos viram em momentos íntimos ate demais e, por sinal, tem um potencial para sentir o cheiro de outra pessoa de longe. O Scott já ia sentir que eu estava come ele agora e ia fazer o discurso de como o Derek era perigoso e afins, quando ele ia entender que esse era um dos principais pontos do relacionamento?  

- Stiles? – Falou ele quase me acordando dos meus pensamentos. – okay. – Falei virando. – Eu não posso fazer isso agora, meu pai esta me esperando lá em baixo para irmos, já que eu prometi, uma rapidinha duraria em media 15 minutos com muita sorte e esforço.  

Eu estava falando quase de olhos fechados e gesticulando tanto de nervoso que nem percebi quando ele me beijou, talvez eu não quisesse perceber, foda-se, okay? Eu não precisava dessa força toda, eu não tinha essa força toda e por mais que eu odiasse estar atrasado eu odiava mais ainda estar sem transar e eu estava sem aquilo há quase vinte dias, você sabe o quão difícil é isso quando se namorado um cara como Derek Hale? Você já viu a bunda dele? Você já viu todo o contexto? Ele parece que saiu de alguma revista de supermodelos, é tão injusto! 

sábado, 25 de agosto de 2012

kharma is the godness bitch!


Acho engraçado, na verdade, acho hilário como pessoas simplesmente não conseguem ajudar a si próprias, não é difícil, na verdade a vida é feita de escolhas, uma atrás da outra, isso define quem você é e quem você vai ser. Fazer escolhas certas ou erradas, this is bullshit! Não existe isso de certo e errado, ou bem ou mal, é simples, você escolhe e mais na frente colhe exatamente o que quis, não quer dizer que isso foi errado ou certo, é apenas o kharma dando sua retribuição. Uma maneira interessante dele dizer “you are a bitch, i’m a godness bitch!”.
Algumas pessoas são mais fortes ou simplesmente conseguem lidar com isso com mais facilidade, também acho isso tudo uma grande baboseira. Desculpa os depressivos de plantão, mas não acho que sentar e chorar eternamente por algo esperando que algo venha milagrosamente ou que você descubra que a vida é linda, isso nunca vai acontecer, você não precisa de alguém ou de qualquer coisa para ser feliz, a vida é uma merda se você for ver ela assim. Ninguém vai fazer ela melhor se não for você. Ninguém vai dizer que vai ficar tudo bem, não vai ate você decidir querer deixar tudo bem. Se você ta passando por um inferno, continue indo, ninguém disse que ia ser fácil ou sem dor.
Viver dói. É inerente, é quase um significado, mas é uma dor boa, uma dor gostosa, no fim do dia ou da semana ou do mês ou do ano você vai saber que aquilo doeu por tanto tempo que você não consegue mais sentir aquela dor. Passou. Você se acostumou e agora ela acaba sendo uma recompensa amigável e generosa, você acolhe ela com prazer, você simplesmente acha que ela é uma velha companheira, uma velha amiga. Viver fazendo as coisas ao seu jeito, receber as coisas a seu jeito, você tem que dar o que você consegue receber.
Hostilidade traz hostilidade. Polemica traz polemica. Raiva traz raiva. E assim por diante, não é o destino, é um ciclo vicioso e idiota. Se você não mudar seus hábitos ninguém vai. Enfim, eu poderia continuar por horas nisso, mas é simples. Vai a merda e para de chorar por algo já que não faz nada.  

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sterek. - cena 2x12




Daughter - Youth (The Wild Youth EP)



Senti meus minhas pernas doendo, não só elas, senti meus braços finalmente começando a pulsar de modo doloroso e ao mesmo tempo reconfortante – eu estava vivo. Sentir aquela dor e aquela dificuldade de respirar era algo tão angustiantemente feliz, que eu não pude fazer mais nada a não ser reunir minhas forças para me levantar da cama, despir-me e ir para o banho.

 O gemido quase abafado saiu quando a água tocou meu rosto ferido, assim como minha boca aberta devido aos murros. Minhas lagrimas misturaram a água do chuveiro e eu finalmente sucumbi e fiquei ali debaixo da água quente por um tempo que eu não poderia dizer. Minhas pernas não doíam mais, a dor física não era nada demais, aquela sensação de que algum ruim estava para acontecer finalmente se tornara realidade – aquela sensação de que algo grande estava vindo para esmagar nós todos finalmente tinha se concretizado.

Minhas lagrimas e riso eram indecifráveis, eu estava triste e ao mesmo tempo eu estava vivo, eu deveria ser a pessoa mais sortuda por isso. Não estava pendurado ou qualquer coisa nesse sentido sendo torturado. Eu só tinha levado uma surra, eu iria sobreviver. Sorri tentando me recompor e levantei me apoiando no trinco do chuveiro. Desliguei a água e finalmente sai, me enxuguei e troquei de roupa.

Sai do banheiro e ouvi o toque na porta. – Pai eu já disse que to bem. – Falei enquanto me arrastava ate a porta e a abria.

Por um segundo. Por um misero segundo eu senti meu coração parar e minhas pernas travarem, eu não queria ter aquela conversa agora, eu não queria aquilo, não agora, eu não tinha cabeça para aquilo, eu o queria com todas as minhas forças, confesso, mas eu não queria brigar, eu não tinha forças para isso.

- Seu rosto. – ele falou me olhando quase acusando. – Não... Não é nada... – E antes que eu pudesse perceber ele já estava virando para ver melhor. Tentei desvincular sem muita vontade de sua mão áspera e firme virando para ver melhor os cortes causados pelos murros. Eu ia falar algo, mas antes que eu pudesse o vi respirando e baixando seus olhos, agora de coloração vermelho rubi, como os de um predador. Engoli minha frase, engoli qualquer coisa que tivesse passando por minha mente.

Quase sorri.

- Você quer entrar? – Falei meio incerto quase me arrependendo antes mesmo de chamar, ele passou por mim e ficou parado do lado da minha escrivaninha. Com os punhos fechados e respirando, tentando manter a calma. – Eu estou bem, mas não tenho certeza dos seus lobos. -  ele me olhou franzino o cenho. – Os Argent estão com eles. É só isso que eu sei.

As frases saíram sem muita energia, quase como uma recaída dado de forma automática – era para isso que eles tinham me sequestrado e me surrado, eles sabiam sobre meu affair secreto, eles sabiam o ponto fraco dele. Eu não queria que ele se machucasse, mas eles ameaçaram meu pai, meus amigos, todo mundo próximo a mim, eu estava fazendo o que tinha de ser feito. Eu não era nenhum herói. Eu não podia fazer as coisas que eles faziam, eu era apenas humano.

- Desculpa. – Falamos quase ao mesmo tempo.

Engoli em seco e abaixei a cabeça, respirei ou tentei fazer isso, já que eu estava a ponto de cair em lagrimas, eu não queria aquilo. – Você sabe que isso é uma armadinha, certo? – Falei sem olhar para ele. Pude sentir ele se aproximando - silencioso e peçonhento como o predador que é.

Senti seu toque, seu cheiro. Uma lagrima caiu dos meus olhos. – Eu sei. – Ele falou enxugando ela. – Vai ficar tudo bem. – sorri tentando acreditar na mentira. Senti seus lábios tocarem o meu com cuidado, assim como sua mão firme e áspera na minha nuca, me puxando para perto. – Era a única coisa que você podia fazer. – Falou ele tentando enquanto as lagrimas escorriam dos meus olhos. – eu vou ficar bem, você vai ficar bem.

Eu não abri os olhos, eu não senti ele indo embora, eu não senti mais nada, nem dor, nem tristeza, nem alegria, nem esperança. Nem vida.